segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Libélulas: machismo extremo

libélulas em cópula
"Pela teoria da seleção natural, não basta apenas sobreviver. É preciso deixar descendentes. 'Entre as libélulas, essa tese é confirmada com determinação' diz o biólogo Cláudio Patto, doutorando em ecologia na Unicamp, de Campinas, SP. A fêmea armazena o esperma do macho até a fecundação, que acontece apenas no momento em que ela bota os ovos. E, na briga entre os machos para fecundar o maior número possível de ovos, valte tudo. Os machos das libélulas têm um aparato usado como espátula para raspar a cavidade interna onde a fêmea guarda o esperma. A idéia é remover o esperma de outro macho que tenha eventualmente fecundado a fêmea antes dele e, com isso, garantir que os ovos serão os de sua descendência. É também comum ele segurar a fêmea pelo pescoço com uma pinça abdominal (como na foto) até ela por os ovos. Tudo para não correr o risco de outro vir, retirar seu esperma e colocar o dele no lugar.

O professor Paulo De Marco Jr., da Universidade Federal de Viçosa, MG lembra que algumas espécies de libélulas usam uma tática ainda mais interessante: 'São machos que preferem controlar as fêmeas ovuladas voando sobre ela e permitindo-se assim 'infidelidades' como acasalar com outras fêmeas que passem por ali'."

National Geographic Brasil, Junho de 2000, página 19

Um comentário:

  1. Machismo extremo mesmo . Mas pelo que entendi vale tudo para se perpetuar. Isso vale para todas as espécies?

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